Estação de Tratamento Central

Responsável pelo abastecimento de 77% da população brusquense, sua captação esta localizada no bairro Guarani onde existem duas bombas que captam a água e mandam para o poço de onde é transportada para a Estação de tratamento através de duas bombas com 90 l/s cada e uma de 118l/s tendo os seus motores uma potência nominal de 100 Cv. Estas bombas recalcam a água até a ETA, numa distancia de 1200 metros e com desnível de aproximadamente 60 metros.

A adução é realizada com três adutoras, sendo duas de 250 mm de diâmetro e uma de 400 mm de diâmetro. Ao chegar à estação de tratamento, a água passa pelos seguintes processos.

1) Pré-sedimentador

Compartimento com a função de receber toda água que chega da captação. Durante o tempo de contato neste compartimento, que em média é de 10 minutos, as partículas de maior granulometria sedimentam. Na saída do pré-sedimentador é adicionado o coagulante, cuja finalidade é de promover, juntamente com a alcalinidade e uma agitação enérgica, a coagulação. Antes de chegar ao floculador, é dosado cloro gás para oxidação da matéria orgânica.

2) Floculador

Compartimento provido de agitadores lentos, que efetuam a mistura homogênea do coagulante com a água e suas impurezas. Neste processo é muito importante o tempo de contato e a velocidade dos agitadores. O coágulo formado vai aumentando o seu tamanho e tornando-se mais pesado que a água. 

3) Decantador

A principal função é a de receber todos os flocos oriundos do floculador. É composto por um tanque contendo placas inclinadas num ângulo de 60º, que aumentam a área de contato e forçam a diminuição da tensão superficial da água. Seu fundo tem a forma cônica que facilita a remoção do lodo, que é realizada com descargas intermitentes. Este processo é conhecido pelo nome de decantação acelerada com placas planas lamelares, e a ETA possui 4 unidades.

4) Filtros

Unidade Composta por fundo falso, camada de seixos, areia e carvão mineral. Nesta unidade são removidos turbidez remanescente e um percentual em torno de 80 % de bactérias. Estes filtros são do tipo rápido por gravidade de leito misto, aonde a água entra por cima e sai por baixo limpa. A limpeza dos filtros é feita invertendo-se o fluxo da água, ou seja, a água entra por baixo e remove as impurezas. Na ETA existem 6 filtros.

Cilindros de Cloro Gás

A água que sai dos filtros vai para um reservatório de contato onde ocorre a desinfecção (com adição de cloro gás) e a correção do pH da água. Há ainda adição de ácido fluosilíssico para prevenção de cáries.

Reservatórios 1, 2 e 3

Reservatórios temporários com capacidade para 1,9 milhão de litros. Após passar por estas estruturas, a água tratada é reservada nos reservatórios 4 e 5, que possuem capacidade para reservar 3 milhões e 6,5 milhões de litros, respectivamente.

Sistemas de tratamento dos bairros

Além da ETA central, o SAMAE possui mais seis sistemas de tratamento de água de pequeno porte.

Sistema de tratamento de Volta Grande

Até junho de 2011 a água era coletada de uma barragem de nível constante e seguia para o tratamento que era realizado através de três filtros do tipo lento. Hoje o tratamento acontece por um filtro de lavação contínua com adição de coagulante, possibilitando assim trabalhar com uma turbidez mais elevada. Saindo do filtro a água recebe hipoclorito de sódio e ácido fluosilíssico. Os antigos filtros receberam reformas e se tornaram revervartórios, aumentando assim a reservação de 100.000 litros para 530 000 litros. Neste sistema são tratados 11 l/s.

Sistema de tratamento de Ribeirão do Mafra

A água é coletada de uma barragem de nível constante, tem ótima qualidade e segue para o tratamento. Este é realizado através de filtros do tipo lento. Saindo dos filtros a água flui por gravidade até um reservatório que serve como contato e distribuição, neste processo ocorrem à desinfecção e a adição de ácido fluosilíssico. Neste sistema são tratados 15 l/s.

Sistema de Tratamento de Limeira

A água é coletada de uma barragem de nível constante e segue para o tratamento. Até 19 de março de 2010, o tratamento era realizado através de um filtro de lavação contínua com a adição de um coagulante, e operava com uma turbidez de até 120 NTU e tratava 50 m 3/h. A estação de tratamento inaugurada, na ocasião, é um modelo compacto, contendo Floculador, Decantador e Filtro. Na saída da estação de tratamento a água é clorada e fluoretada, flui por gravidade até dois reservatórios com capacidade de 500.000 litros cada.

Em 2019, a ETA Limeira passou por uma ampliação na capacidade de tratamento e de preservação. Este sistema oprera até uma turbidez de 800 NTU, é totalmente automatizado e tem uma capacidade de tratamento nominal de 160 metros cúbicos por hora.

Sistema de tratamento de Dom Joaquim

A unidade de Dom Joaquim foi o primeiro Sistema Isolado do SAMAE. Este era operado com sistemas manuais, porém em 1997 sofreu uma reforma e hoje é totalmente automatizado. A automação vai desde os registros de manobra até as dosadoras de Cloro e ácido fluosilíssico. Em 2004 foi introduzido neste sistema um filtro de lavação continua de areia, sua operação não precisa ser interrompida para lavação de areia. A água que entra é filtrada percorrendo em fluxo ascendente ao leito de areia e os sólidos suspensos formados com a adição de um coagulante são descarregados com a água de lavagem. Na saída do filtro, a água recebe desinfecção e ácido fluosilíssico. O filtro trata 30 m 3/h. No ano de 2007, devido a grande estiagem ocorrida, foi perfurado nesse sistema um poço semiartesiano com 150 metros de profundidade. Este tem uma vazão de 11 m3/h e trabalha 16 horas por dia. A água retirada do poço recebe apenas desinfecção e ácido fluosilíssico. No total são tratados neste sistema 41 m3/h.

Sistema de Tratamento de Santa Luzia

Possui uma barragem de nível constante, aonde a água flui por gravidade até o tratamento. Esta etapa é realizada através de Filtro Russo ou Clarificador de Contato. A água entra por baixo juntamente com as impurezas e sai por cima limpa e com 80 % de remoção das bactérias. A desinfecção e a adição de ácido fluosilíssico são realizadas num reservatório de contato, e logo após a água flui por gravidade ao reservatório de distribuição. Neste sistema são tratados 15 L/s.

Sistema de Tratamento de Zantão

A água do córrego é coletada em uma barragem de nível. O sistema continha apenas tratamento químico, onde eram adicionados cloro e ácido fluosilíssico. Em 2007 foi construída a nova estação de tratamento, sendo escolhido o tratamento por Filtro Russo ou Clarificador de contato (igual o existente no sistema da Santa Luzia) com adição de coagulante. Antes de chegar ao reservatório ocorre a desinfecção e adição de ácido fluosilíssico. Do reservatório a água segue para a distribuição. Neste sistema são tratados 18 L/s.